Disputas de paulistas pelo controle da CBF devem marcar 2018
   26 de dezembro de 2017   │     0:02  │  0

Enquanto Marco Polo Del Nero vai tentar reverter a punição imposta pela Fifa – suspensão por 90 dias em razão de acusações da Justiça dos EUA de que cometeu crimes de corrupção -, três dirigentes de carreira no futebol paulista aguardam os desdobramentos dos fatos para iniciar, de fato, uma corrida pelo poder da CBF. Rogério Caboclo, diretor de gestão da CBF e homem de confiança de Del Nero, com quem trabalhou na federação paulista, é o Plano ‘B’ do presidente afastado.

Mas pode ter de concorrer, pelo menos na fase eventual de pré-candidatura, com Reinaldo Bastos, também diretor da CBF e atual presidente da federação paulista, e com o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. Nenhum deles se diz, hoje, com a pretensão de comandar a confederação, mas internamente, na CBF, funcionários e outros dirigentes falam entre si sobre essa disputa velada.

Se Del Nero conseguir se livrar da Fifa – e mesmo que ainda mantenha a pendência com a Justiça dos EUA, onde foi indiciado em 2015 -, muito provavelmente vai tentar a reeleição. Neste caso, Caboclo seguiria suas determinações e dificilmente Reinaldo tentaria dividir os votos dos paulistas. Com esse cenário, a posição de Andrés, no entanto, seria uma incógnita.

Entre Del Nero, Caboclo e Reinaldo há um pacto silencioso de que o controle da CBF deve se manter com algum nome de São Paulo, mesmo que isso contrarie a maioria dos demais dirigentes de federações e clubes de outras regiões do País, dispostos a lançar um ou dois candidatos no próximo pleito – previsto inicialmente para abril de 2018.

Blog com Silvio Barsetti –  (Terra Esportes)