Dorival rasga elogios a Tite e já enxerga uma mudança no futebol brasileiro
   16 de outubro de 2017   │     0:02  │  0

Dorival rasga elogios a Tite e já enxerga uma mudança no futebol brasileiro (Foto: Divulgação)

O Brasil tem a única seleção sul-americana garantida na Copa do Mundo de 2018 até agora e a expectativa pelo o que pode acontecer no Mundial da Rússia já é grande, principalmente depois do fiasco histórico de 2014, quando os comandados de Luiz Felipe Scolari acabaram eliminados diante de uma vexatória goleada por 7 a 1 em pleno estádio Mineirão. O trauma ainda não passou, mas, na opinião de Dorival Júnior, (foto acima), Tite conseguiu resgatar a essência do futebol brasileiro e tem realizado um trabalho diferenciado.

“Acho que começou a mudar, internamente muitas coisas começaram a mudar. Natural que os modelos de gestões dos clubes e da CBF contribuam para esse tipo de situação que vivemos, mas muita coisa, tecnicamente falando, procuramos alterar, e esse fator (de resgaste da seleção) contribuiu muito”, analisou o técnico do São Paulo, em entrevista na TV Gazeta/SP. “Hoje nós temos uma equipe confiável, voltando a representar o futebol brasileiro, como já está acontecendo, já é muito grande”, completou.

Dorival Júnior não acredita que esteja acontecendo uma mudança de estrutura no país ou algo do tipo, mas entende que seu companheiro de profissão, o treinador Tite, tem comandado a Seleção Brasileira de uma forma que até então não era vista por quem passou pelo mesmo cargo nos últimos anos.

“Ele implantou um sistema de trabalho que é muito semelhante ao dia a dia de clube, o Tite e sua comissão técnica estão no dia a dia da CBF. O futebol brasileiro sempre foi tratado como entretenimento, nunca tratamos profissionalmente. Aquilo (7 a 1 na Copa de 2014) foi reflexo de tudo o que vinha acontecendo. A partir do Tite, ele começa a viver aquilo”, comentou Dorival. “Ele (Tite) mudou para o Rio, todo dia ele vai para a CBF com sua equipe, como nós fazemos no dia a dia dos clubes. Natural que eles não têm o trabalho dos clubes, porém, é uma atividade que não sessa. Ele não vai lá só para fazer a convocação”, elogiou.

Mesmo assim, o técnico são-paulino evita criar grandes expectativas por causa do formato de disputa da Copa do Mundo, onde as seleções se enfrentam em caráter eliminatório a partir das oitavas de final em duelos únicos.

“O modelo de competição de uma Copa do Mundo penaliza, na maioria das vezes, a grande equipe. Nem sempre a melhor equipe vai passar. Em 1982 foi o exemplo principal, mas tivemos em 90, 94… A partir da segunda fase não tem volta”, disse, colocando-se na pele de Tite.

Blog com DOL