Defesa de Nuzman critica prisão e entra com novo habeas corpus
   12 de outubro de 2017   │     0:03  │  0

Carlos Arthur Nuzman se afastou da presidência do Comitê Olímpico do Brasil (Foto: Divulgação)

Carlos Arthur Nuzman se afastou da presidência do Comitê Olímpico do Brasil (Foto: Divulgação)

 

Os advogados de Carlos Arthur Nuzman entraram com novo pedido de habeas corpus, após a Justiça acatar pedido do Ministério Público Federal e converter a prisão temporária do dirigente em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Ele segue detido em Benfica, na Zona Norte do Rio, na mesma cela em que está Leonardo Gryner, seu braço direito e ex-diretor de operações no Comitê Olímpico do Brasil (COB). A defesa mantém a tese de que faltam provas consistentes que mostrem participação de Nuzman em um esquema de compra de votos para que a capital fluminense fosse eleita sede dos Jogos do ano passado.

De acordo com o pedido do MPF, caso Nuzman respondesse às acuações em liberdade, não existiriam garantias de que o cartola não interferiria na produção de provas em meio às investigações. O órgão justifica a tese com a forte influência que o carioca ainda exerce no COB e no Comitê Rio-2016. Ele presidia as duas entidades ao mesmo tempo.

Os advogados de Nuzman voltaram a criticar a participação da procuradoria francesa no caso, assim como já haviam feito no texto do primeiro pedido de habeas corpus, protocolado logo após o dirigente ser levado à Polícia Federal para depor, em setembro. Na ocasião, ele teve bens e passaportes apreendidos. A defesa queria a devolução dos documentos.

A Operação “Unfair Play” (Jogo Injusto, em português) apura a ligação de Nuzman com o senegalês Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf). Papa teria recebido propina para conseguir votos ao Rio de Janeiro.

Os procuradores federais também identificaram a ocultação de bens de Nuzman, incluindo 16 barras de ouro depositadas em um cofre na Suíça, para justificar a prisão. Eles citam ainda que o brasileiro teve crescimento de 457% em seu patrimônio, entre 2006 a 2016.

Blog com Terra Esportes