Goleiro da seleção lembra de choro ao ser dispensado do São Paulo
   9 de outubro de 2017   │     0:04  │  0

O goleiro Ederson, do Manchester City, dá entrevista no CT do São Paulo, antes de jogo contra o Chile pelas eliminatorias sul-americanas para a Copa do Mundo da Rússia de 2018.
Goleiro Ederson, do Manchester City, nunca jogou por um time profissional brasileiro

Confirmado como titular da seleção brasileira para o duelo com o Chile, amanhã, às 20h30, no Allianz Parque, o goleiro Ederson, 24, do Manchester City, que nasceu em Osasco, jamais atuou profissionalmente por uma equipe do país.

Ele começou nas categorias de base do São Paulo, mas foi “mandado embora por telefone” em 2009. Na temporada seguinte, aos 16 anos, chamou a atenção de um olheiro da empresa do português Jorge Mendes, empresário do atacante Cristiano Ronaldo, e se transferiu para o Benfica.

“Fui mandado embora por telefone. É uma coisa que eu fiquei muito chateado e não soube lidar com aquilo. Quando eles ligaram, eu nem estava em casa. E, quando cheguei, minha mãe nem sabia como falar. Depois acabou contando, eu fui para o meu canto e chorei muito. Fiquei um mês sem pensar em futebol e aí voltei para a minha escolinha até ter a chance de ir para a Europa”, contou.

Depois de ser mandado embora do São Paulo e acertar com o Benfica, o goleiro foi emprestado para o Ribeirão, time da terceira divisão portuguesa. Virou titular aos 18 anos e rescindiu com o Benfica para assinar com o Rio Ave em 2012 e ter mais chances de jogar.

Três anos depois, retornou ao clube de Lisboa, onde disputou posição com Júlio César na temporada passada. Ele desbancou o ex-goleiro da seleção brasileiras nas Copas do Mundo de 2010 e 2014.

Oito anos depois, ele chegou ao Centro de Treinamento do São Paulo, onde a seleção treinou nesta sexta (6), com status muito mais elevado.

“Vai ser importante para eu me apresentar, mostrar meu futebol e fazer um bom trabalho. As três vagas de goleiro ainda estão em aberto. Tem muitos jogos para o Tite observar. Estou muito confiante para fazer a minha estreia na seleção principal”, disse Ederson.

Em junho, se tornou o segundo goleiro mais caro do mundo ao ser contratado pelo Manchester City. A pedido de Pep Guardiola, o clube inglês pagou 40 milhões de euros (cerca de R$ 144 milhões) para tirá-lo do Benfica. A negociação mais cara na posição foi a transferência do italiano Gianluigi Buffon, que custou 52 milhões de euros (R$ 188 milhões) em 2001, quando foi negociado pelo Parma com a Juventus.

Na entrevista, Ederson também demonstrou conhecer a seleção chilena. “Tem um ataque muito rápido. Tem o Alexis Sanchez, que é muito rápido e finaliza bem. A bola parada do Chile é muito forte”, completou.

Blog com FOLHA DE SÃO PAULO