Mulheres se preparam para voltar a apitar na elite do futebol brasileiro
   10 de setembro de 2017   │     20:04  │  0

Déborah Cecília Correia (foto) apitou nove jogos este ano, entre eles dois clássicos (Sport x Santa Cruz e Náutico x Santa Cruz) e foi bastante elogiada.

 

Aos poucos, elas se preparam para retomar o espaço. Desta vez, o objetivo é chegar para ficar. Com apoio da Comissão de Arbitragem da CBF, as mulheres estão trabalhando para voltar a apitar jogos da elite do futebol brasileiro. O objetivo é alcançar a Série A do Campeonato Nacional nas próximas temporadas.

Para isso, o projeto de capacitação das meninas ganhou novo impulso nos últimos anos. Elas são submetidas, periodicamente, a treinamento técnico e físico e também recebem apoio psicológico para que se fortaleçam mentalmente. O quadro feminino na CBF ainda é pequeno – 14 árbitras e também há 49 assistentes -, mas a perspectiva é de crescimento.

Há treinos específicos para as mulheres, mas na maioria das vezes os cursos são mistos. As exigências, inclusive em relação à condição física, são iguais para homens e mulheres. A intenção é aprofundar cada vez mais o treinamento delas.

Além de colocar os ensinamentos em prática: já há mulheres trabalhando como árbitras centrais em jogos do Brasileiro Sub-20 e em divisões inferiores, como as séries C e D. Na Série A, a última mulher a apitar uma partida foi a paulista Sílvia Regina Oliveira: Paysandu 2 x 1 Fortaleza, em 16 de outubro de 2005, ou seja, há quase 12 anos.

Em alguns Estaduais, elas já exercem a função de árbitro central. Em Pernambuco, por exemplo, Déborah Cecília Correia (foto) apitou nove jogos este ano, entre eles dois clássicos (Sport x Santa Cruz e Náutico x Santa Cruz) e foi bastante elogiada.

Uma barreira que atrapalhou a arbitragem feminina no passado praticamente inexiste hoje, garantem Ana Paula de Oliveira e Marcos Marinho. Fisicamente, as mulheres já se mostram capazes de acompanhar o ritmo de um jogo masculino. “Hoje elas conseguem atingir o índice do teste masculino. Já estão aprovadas na parte teórica, no mesmo nível”.

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