Escudo, pai de Neymar guia carreira e fortuna do craque do PSG
   9 de agosto de 2017   │     0:01  │  0

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Quinta-feira (3) foi a última noite de Neymar em Barcelona. Um grupo de torcedores se concentrou em frente à casa do atacante. Não queriam protestar. O pedido era para que o atacante recusasse a proposta do Paris Saint-Germain, com quem havia assinado contrato horas antes. Desejavam conversar com o brasileiro. Pedir explicações.

Neymar, que comia sushi com os “parças”, não atendeu ao pedido. Seu pai, sim. Foi lá e apelou para que os presentes entendessem a decisão do filho. Que era melhor mudar de ares porque os últimos anos haviam sido recheados de problemas fora de campo. Era uma alusão ao processo na Espanha por sonegação de impostos.

Neymar da Silva Santos é a linha de frente de Neymar da Silva Santos Júnior. O homem que não tem medo de ir para o combate. O que lhe rende amizades de fé, a adoração do filho e inimigos.

Ex-ponta-direita de times modestos como União Mogi (interior de São Paulo) e Operário-MT, ele realizou todos os sonhos de fama e riqueza graças ao primogênito. Nos eventos em que o agora atacante do Paris Saint-Germain é o astro, seu pai também é cortejado por poderosos e fãs, que pedem selfies e autógrafos, o que ele jamais nega.

O Neymar mais velho criou uma armadura em torno do filho e desempenha o papel de escudo. Ex-funcionário da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) de Santos, partia para a briga com torcedores em jogos das categorias de base quando alguém ousava tecer um comentário maldoso sobre sua cria. Desde cedo, Neymar Júnior era apontado como fenômeno. Um imã para a maledicência dos rivais quando as coisas não iam muito bem. O pai jamais suportou isso.

“Acho curioso porque mesmo nas brincadeiras da empresa, quando Neymar filho jogava junto com a gente, o pai apertava o menino. Cobrava a sério, dizia para não ficar encurralado nas pontas do campo”, afirma Manoel Messias Gomes Filho, que trabalhava na oficina de caminhões da CET enquanto Neymar pai frequentava o local.

Continua o mesmo. A primeira coisa que Neymar Júnior faz quando entra no vestiário após o fim de uma partida é checar as mensagens do pai. São comentários sobre o desempenho, reclamações, dicas e alertas.

Blog com FOLHA DE SÃO PAULO