Espanha e Estados Unidos emitem ordem de captura de Ricardo Teixeira
   20 de julho de 2017   │     0:02  │  0

Lavagem de dinheiro, recebimento de propina e organização criminosa são alguns dos crimesLavagem de dinheiro, recebimento de propina e organização criminosa são alguns dos crimes (Foto: Divulgação)

O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira está sendo alvo de pedidos de prisão das justiças da Espanha e dos Estados Unidos. O ex-dirigente de futebol é acusado de crimes como organização criminosa, recebimento de propinas lavagem de dinheiro. Um dos desvios de dinheiro teria como origem a venda de amistosos da seleção brasileira e um dos destinos seria empresas de marketing esportivo.

As informações sobre as buscas de Teixeira foram noticiadas na última terça-feira (18) na imprensa internacional e confirmados, posteriormente, pelas autoridades responsáveis pelas ordens de captura. Se o ex-presidente da CBF fosse detido, não seria extraditado para a Espanha ou para os Estados Unidos já que, como regra, o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais.

Na Espanha, Teixeira é procurado por participação em um esquema de desvio de dinheiro de jogos amistosos da seleção brasileira. Ainda segundo o Cronica Global, o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell também estaria envolvido. A ordem de captura foi emitida pela juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional. “Ricardo Teixeira obteve, de forma indireta, mediante a um emaranhado societário que se nutria da renda do acordo da ISE para a Uptrend, grande parte dos 8,3 milhões de euros [R$ 30,3 milhões] que a ISE transferiu para a Uptrend pela suposta intermediação desta última”, publicou o Cronica Global.

Um documento de 360 páginas do investigador norte-americano Michael Garcia, revelado pela Fifa no dia 27 de junho, mostrou que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teria usado contratos comerciais para jogos da seleção brasileira em 2010 para camuflar o pagamento de propina que ele teria recebido para apoiar a candidatura do Catar para receber a Copa de 2022.

Para o amistoso, o Catar gastou, apenas com a hospedagem de Teixeira, mais de US$ 20 mil (R$ 66 mil), cinco vezes o que o governo gastou com o astro argentino Lionel Messi. O brasileiro teve um tratamento de chefe de estado, ocupando uma suíte presidencial.

Os documentos também revelam como Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, atuaria como intermediário para os interesses do Catar com as federações sul-americanas, entre elas a CBF.

Blog com Terra Esportes