‘Não há lugar mais seguro para estar que o Brasil’, diz Ricardo Teixeira
   30 de junho de 2017   │     0:02  │  0

 

Um dos cartolas apontados como receptores de propina para a escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, (foto acima), descarta deixar o Brasil e firmar um acordo de delação premiada nos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, ele negou que tenha contatado o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, preso na Espanha, em busca de um lugar seguro para morar no exterior caso a polícia o cercasse.

O elo de Teixeira com irregularidades aparece no “Relatório Garcia”, divulgado pela Fifa nesta terça-feira sobre a investigação de um esquema de propinas na entidade. O brasileiro, réu na Justiça americana, também é investigado na Espanha por supostos desvios em contratos de quando chefiava a CBF. Residente no Rio, o cartola afirmou na entrevista que não pretende sair do país

“Não existe esse acordo. Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não”, acrescentou.

O ex-presidente da CBF reconheceu que não leu o documento da Fifa por considerá-lo inconclusivo. Segundo ele, as 300 páginas do relatório “só levantam suspeitas”. Quanto à escolha do Qatar, garantiu que seguiu um acerto dos países sul-americanos em apoio à candidatura da Espanha e de Portugal na disputa pela Copa de 2018. Os árabes votariam nos ibéricos em troca desse apoio para a sede do Mundial seguinte, de 2022. Mas a Rússia acabou escolhida para realizar o torneio do ano que vem.

Blog com O Globo