Amistosos do Brasil levam dirigentes à prisão e põem Teixeira na mira da polícia
   26 de maio de 2017   │     0:02  │  0

A polícia espanhola, que já prendeu o ex-presidente do Barcelona e parceiro de Ricardo Teixeira, Sandro Rosell, deixou claro que mira o brasileiro e seus negócios com a seleção brasileira. Os policiais fizeram buscas e apreensões em endereços em Barcelona, Andorra e outras duas cidades da região. O centro da investigação é o contrato que Rosell manteve com a CBF, revelado com exclusividade pelo Estado em 2013, além de negócios envolvendo a Nike e lavagem de dinheiro.

A imprensa espanhola também indica que buscas, relacionadas com Teixeira, também podem ocorrer no Brasil. A suspeita é de que os dois suspeitos tenham lucrado US$ 15 milhões com a venda de direitos de TV para os jogos do Brasil. Os investigadores consideram que a “organização criminosa” desviava dinheiro de amistosos do Brasil e os lavava em paraísos fiscais.

Apelidada de “Operação Jules Rimet”, a iniciativa das autoridades espanholas ocorre depois de investigações de lavagem de dinheiro por parte do ex-cartola. Rosell estava sendo investigado nos Estados Unidos por seu envolvimento com contratos da Nike e a CBF. O FBI investiga o desvio de milhões para contas secretas de Ricardo Teixeira, presidente da entidade brasileira naquele momento.

A suspeita é de que a Nike tenha pago uma propina de US$ 40 milhões em uma conta na Suíça para fechar um contrato com a CBF para patrocinar a seleção brasileira. Segundo o levantamento, o acordo avaliado em US$ 140 milhões rendeu em pagamentos paralelos e depositados no paraíso fiscal suíço. Do total da propina, uma parcela foi para Teixeira e outra para J. Hawilla, que teria intermediado o contrato.

A operação, segundo a imprensa espanhola, está sendo conduzida depois de investigações por parte da Unidade de Delinquência Econômica e Fiscal da Polícia Nacional. Mas a operação também ocorre em colaboração com o FBI, nos EUA, que já indiciou Teixeira.

De acordo com as primeiras informações, foram as investigações nos EUA que deram os primeiros indícios de movimentações de contas na Espanha. Tais dados abriram caminho para a descoberta de uma rede desenhada por Rosell para ocultar dinheiro.

A Justiça já bloqueou cerca de 10 milhões de euros em contas, além de cerca de 50 imóveis, avaliados em mais de 25 milhões de euros.

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