CRB e CSA entraram em campo no próximo domingo com a necessidade de vitória para mostrar ao seu torcedor que as eliminações na Copa do Brasil e Copa do Nordeste já foram superadas. Quem vencer o clássico terá ao menos a condição de defender a linha de uma rápida recuperação psicológica, fato que considero muito importante, apresentar em um curto período, uma ligeira capacidade de reação para derrotas e resultados insuficientes que os maiores clubes de Alagoas sofreram até aqui na temporada.
Neste momento, os dois clubes precisam superar suas deficiências e os ajustes nos setores mais fragilizados de cada equipe passa pelos métodos aplicados pelos técnicos Léo Condé (CRB) e Oliveira Canindé (CSA). Considero que a linha de coerência dos treinadores na escalação terá um papel determinante no resultado do confronto.
Não será uma derrota que vai trazer uma conclusão exata de que tudo precisa ser modificado, porém entendo que chegou o momento de iniciar o processo de avaliação de desempenho de algumas peças dos dois times. O aspecto coletivo também já precisa apresentar sinais de crescimento, mesmo entendendo a dificuldade dos dois técnicos em datas para longos períodos de atividade, coisa que qualquer treinador no Brasil sonha para tentar aplicar sua metodologia de trabalho.
Observo até aqui a boa condição defensiva dos dois times. O CRB com mais opções defensivas, bem encaixadas, principalmente na cobertura dos laterais Marcos Martins e Diego, o forte poder de combate até no meio-campo no Galo é evidente, Adriano continua sendo um verdadeiro “cão de guarda”, mas ainda falta no time uma melhor resposta no aspecto criativo e na ação ofensiva coletivamente.
No trabalho coletivo, o CSA apresenta uma ligeira vantagem, mas fica bem evidente que o trabalho do time neste sentido fica associado a facilidade na transição, principalmente com Everton Heleno que vem cumprindo muito bem não só a função defensiva, mas resolvendo partidas com seus gols. O lateral Rayro também cresceu bastante nos últimos jogos.
Falta no CRB o tão esperado entrosamento entre meio-campo e ataque. Setores mais modificados no elenco em relação ao ano passado, mas a saída em velocidade tem sido um ponto forte da equipe. Me refiro a qualidade individual e poder de decisão de um atleta como Maílson que possui muitos recursos neste sentido. Em resumo, o duelo pode não representar muita coisa no momento do campeonato, mas serve de incentivo para uma arrancada das equipes e marcar a volta por cima de jogadores marcados pela desconfiança do torcedor.
Texto: Wyderlan Araújo (especial para o Blog do Arivaldo)
