Notificada pela Justiça, concessionária reassume o Maracanã
   23 de janeiro de 2017   │     0:02  │  0

A concessionária Maracanã S/A retomou a administração do estádio do Maracanã e do ginásio do Maracanãzinho, na zona norte do Rio, após receber oficialmente a liminar concedida pela Justiça Estadual, que obriga a empresa a reassumir a gestão do complexo esportivo, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. A liminar havia sido pedida pela Procuradoria Geral do Estado.

Em nota, a concessionária afirmou que “já restabeleceu o contrato com a empresa responsável de segurança, inclusive solicitando o aumento do efetivo para o Maracanã e Maracanãzinho. O mesmo procedimento será feito com outros prestadores de serviço, como as empresas responsáveis pela manutenção do gramado e limpeza”.

Mas a concessionária vai recorrer, nos próximos dias, porque entende que o Comitê Rio 2016, que administrou o complexo de 1º de março até novembro, não devolveu o Maracanã nas mesmas condições em que recebeu. “O Termo de Autorização de Uso (documento que disciplinou o uso do estádio e do ginásio pelo Comitê Rio 2016 durante os Jogos Olímpicos) prevê que o Rio-2016 deveria devolver o Maracanã e o Maracanãzinho somente depois de feitos todos os reparos nas instalações”, diz nota da concessionária.

No recurso contra a liminar, a concessionária vai afirmar que “o legado de problemas deixado pelo Comitê Organizador coloca em xeque a própria capacidade de operação do Maracanã e do Maracanãzinho, expondo os usuários a condições inadequadas de saúde, conforto e, sobretudo, de segurança”.

Entre as pendências apontadas pela concessionária estão o uso de carga excessiva na cobertura do Maracanã (o limite estabelecido pelo fabricante é de 81 toneladas e foram afixadas 189 toneladas, diz a empresa, que cobra um laudo atestando que essa estrutura não foi afetada), a queima de um painel elétrico durante a Olimpíada, a falta de cadeiras nas arquibancadas, a falta de catracas eletrônicas, publicidade do comitê espalhada por todo o estádio, fechaduras quebradas e a falta de um laudo atestando que o sistema de drenagem do gramado não foi afetado pelas intervenções feitas pelo comitê para a cerimônia de encerramento da Paralimpíada.

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