Em grave crise, futsal do Brasil apresenta técnico da seleção e pede ajuda à CBF
   8 de janeiro de 2017   │     0:03  │  0

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O atacante Falcão é o maior destaque do futsal brasileiro nos últimos anos (Foto: Divulgação)

Em situação financeira precária, com a sede e o Centro de Treinamento penhoradas e precisando reerguer uma seleção que fez fiasco na última Copa do Mundo, a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) decidiu recorrer à CBF para tentar se reerguer. E, com a ajuda do técnico Tite e do coordenador de seleções Edu Gaspar, a entidade encontrou uma luz no fim do túnel. O comando da seleção brasileira sinalizou com ajuda em termos de estrutura e logística.

Segundo o presidente da CBFS, Marcos Madeira, a parceira ainda é informal – vale ressaltar que o Brasil é o único país do mundo em que a seleção de futsal não é vinculada à mesma confederação que cuida do futebol de campo.

“Nessa parceria cada um vai fazer a sua parte. A CBFS não vai deixar de fazer o que sempre fez, e a CBF vai dar o que puder. É uma parceria de duas mãos, sem perda de autoridade, cada um fazendo a sua parte. Havia uma distância muito grande. Hoje não vai haver mais”, disse Madeira.

O anúncio foi feito em um hotel na zona oeste do Rio. No encontro, não havia nenhum dirigente da CBF. Questionado sobre isso, Madeira afirmou que o motivo era para não dar a impressão de que a CBF estaria assumindo o futsal brasileiro. “Se ela estivesse assumindo, essa coletiva seria na sede da CBF. Não veio ninguém não porque não quisesse vir, mas porque daria essa conotação”, justificou.

Um dos principais responsáveis pela aproximação das entidades foi o técnico Paulo Cesar Oliveira, o PC, que foi apresentado como novo técnico da seleção de futsal. Campeão mundial em 2008, ele retorna ao comando do time nacional.

Nos últimos anos, a CBFS enfrentou graves problemas de gestão que culminaram com a renúncia do ex-presidente, Aécio de Borba Vasconcellos. A situação financeira atual é caótica. As estatais que patrocinavam a entidade se retiraram por problemas na prestação de contas da confederação. De quebra, a principal competição do futsal brasileiro, a Liga Nacional, tornou-se independente.

O descalabro na gestão fez com que os principais jogadores da seleção anunciassem uma greve em 2014. A comissão técnica caiu no meio do ciclo para o Mundial. A preparação para a Copa do Mundo do ano passado, disputada na Colômbia, foi totalmente comprometida. Resultado: o Brasil caiu nas oitavas de final e terminou a competição com o décimo lugar, a pior campanha da história.

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