Felipe, ex-Flamengo, busca a volta por cima no Boavista, após bebidas, depressão e tatuagem como terapia
   27 de dezembro de 2016   │     0:04  │  1

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No dia 29 de janeiro, o goleiro Felipe, (foto acima), pode estar começando a reescrever sua história no futebol. Contra o Flamengo, seu ex-clube, o Paredão, aos 32 anos, vai estrear no Campeonato Estadual, agora com a camisa do Boavista, com o qual assinou um contrato de quatro meses.

Dispensado pelo Rubro-negro no início de 2015, quando ainda tinha um ano e meio de contrato pela frente, Felipe provou da depressão à esperança. Pensou em desistir e, após ficar um ano sem jogar, reencontrou fôlego no Figueirense e, mais tarde, no Bragantino, onde ficou até setembro.

Seu drama começou no meio de 2014, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, então treinador do Flamengo, afastou-o do grupo.

O Boavista é como um recomeço na vida de quem passou aproximadamente oito anos da carreira nos grandes Corinthians e Flamengo.

– Passei muito tempo sem fazer nada em casa, desanimado. Sou novo ainda, tenho muito a dar. Você pode contar uns 12 ou 13 (jogadores) em times de ponta que são mais velhos do que eu e jogando em alto nível. Nesses quatro meses, vou jogar no Boavista como se fosse meu primeiro time – afirmou.

Quando você está no Flamengo, a casa está com 50 cabeças, você está com muita gente… E aí, quando você vai saindo dos (clubes) grandes, vê quem é quem. Hoje eu sei quem são as pessoas em quem posso confiar, aquelas que quando você precisa vão estar do seu lado. Quando você está num momento ruim, as pessoas que estiverem perto de você são as que realmente querem o seu bem.

Entre o isolamento no Flamengo e a tentativa de retomar a carreira no Figueirense, não houve somente tristeza e bebida. Felipe passou a tatuar o corpo a tal ponto que já perdeu a conta de quantas imagens estão ali registradas para sempre.

– Isso aqui foi terapia. Eu já tinha algumas. Mas a maioria foi quando fiquei sem fazer nada em casa. Toda segunda-feira eu ligava para o tatuador, e ele ia lá em casa. Ainda bem que eu voltei a jogar, porque minha mãe falou que eu estava pior do que muro de colégio público (risos). Se eu não voltasse a jogar logo, até no rosto eu tinha feito – ironizou.

Felipe leva para o Boavista mais um aprendizado: não pode falar tudo o que pensa, embore reprove o discurso vazio dos jogadores de futebol.

Blog com EXTRA

 

COMENTÁRIOS
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  1. Mário Cancio

    E falar tudo o que pensa, foi dizer ” Roubado é mais gostoso”, foi aí que acabou a carreira em time grande. Uma excelente lição, ele levou.

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