Idosos se aventuram em longas viagens para vir à Copa
   23 de junho de 2014   │     0:06  │  0

<img src=”http://p2.trrsf.com/image/fget/cf/460/340/images.terra.com/2014/06/21/7belgasacampamantoniomatcovichdanielramalho.jpg” width=”460″ height=”340″ title=”Antônio Matchovich viajou da Argentina ao Brasil para acompanhar Argetnina Foto: Daniel Ramalho / Terra” alt=”Antônio Matchovich viajou da Argentina ao Brasil para acompanhar Argetnina Foto: Daniel Ramalho / Terra” class=”image” />

Antônio Matchovich viajou da Argentina ao Brasil para acompanhar sua seleção

 

Não são só os jovens que se aventuram por milhares de quilômetros em motorhomes pela estrada para vir ao Brasil assistir à Copa do Mundo. Idosos também têm achado que vale a pena o sacrifício para estar mais perto de suas seleções, mesmo que nem sequer entrem em um estádio.

Com uma motorhome fabricada em 1962, o argentino Antonio Matcovich, de 76 anos, veio com outras seis pessoas, entre amigos e familiares, para o Rio de Janeiro esta semana. Percorreram 3.500 km em três dias e meio.

No estacionamento disponibilizado pela prefeitura para os trailers de torcedores no Terreirão do Samba, zona central do Rio de Janeiro, ele disse que a viagem está tranquila, e que apesar de já ter passeado muito com a família no veículo, nunca tinha viajado por tanto tempo.

“Viajo com meus filhos desde meus 35 anos de idade neste veículo. Já conhecemos a Argentina e o Chile de ponta a ponta. Mas nunca havia pensado vir ao Brasil”, disse Antônio.

O segredo do motorhome dele circular há mais 50 anos? Antonio e dois de seus filhos são mecânicos.

O argentino disse que não teve nenhum problema na viagem e que vale a pena para torcer pela sua seleção. Sem ingresso para partidas, ele não arrisca dizer se os argentinos chegarão à final. “Deus dirá se chegaremos na final”, afirmou.

O industrial mineiro Domingo Torrico, de 60 anos, veio com seis pessoas do Chile ao Brasil em um trailer que está estacionado no Terreirão. Às 10h30, eles se reuniam em volta de uma mesa com um barril de chope e elogiavam o lugar, mais organizado que onde estavam antes, na cidade de Itaboraí.

O planejamento da aventura começou em outubro do ano passado e cada um dos companheiros de viagem foi economizando mensalmente. “Não temos entradas para os jogos, mas a viagem vale a pena pela experiência”, disse Domingo. Ao volante, cinco chilenos se alternam. Um deles é o cozinheiro. “Está ótima a viagem. Nossa estadia vai depender do desempenho da nossa seleção. Mas não importa o resultado, vamos sempre apoiar a nossa seleção”, afirmou Domingo.

O Terreirão do Samba amanheceu com 38 veículos de torcedores estrangeiros estacionados, entre motorhomes, vans e carros. Na manhã do último sábado, o clima era de faxina: muitos aproveitaram o sol para colocar roupas para secar e varriam barracas de camping. Alguns improvisavam um churrasco de pão com linguiça, no melhor estilo “comida comunitária”.

“Aqui somos como vizinhos, se falta algo para nós, perguntamos ao companheiro do carro ao lado se ele pode ajudar”, afirmou o chileno Sergio Vera, de 39 anos.