“O UFC é como uma novela. De verdade…” Foi o argumento usado pelo presidente da categoria, Dana White, para explicar a suspeita do público de que a surpreendente derrota de Anderson Silva para o novato Chris Weidman foi uma armação.
“[No UFC] há um mix interessante de lutas reais e atletas muito inteligentes, o que usualmente resulta em drama. Não apenas entre eles, mas entre eu e os lutadores”, argumentou Dana durante entrevista exclusiva dada à Folha, ontem, em São Paulo.
O presidente do UFC, principal firma promotora de lutas de MMA (sigla para artes marciais mistas), fez uma pausa, sorriu e continuou. “Há as batalhas verbais. Há muito drama aqui [no UFC].”
Houve uma oportunidade, por exemplo, em que Dana, ex-boxeador, chamou o desafeto Tito Ortiz, ex-campeão do UFC e então ainda em atividade, para um combate de boxe. Ambos haviam trocado farpas pela imprensa.
Tal duelo não aconteceu.
“Porque tem muito drama misturado com luta real, [o público] acha que há um enredo ou algo assim…”, disse.
A seguir, o cartola abandona o terreno das ponderações e fala sobre as lutas ou desafios que foram alvo da suspeita de armação pelo público.
“Anderson Silva estava brincando com Weidman [na luta de julho], inclinou o corpo, recebeu soco, foi nocauteado e caiu”, lembrou Dana.
“Anderson foi um cara que nunca havia perdido no UFC, havia construído uma carreira, um legado, ganhava toneladas de dinheiro com patrocínios e tinha o respeito dos brasileiros”, resumiu Dana.