Lula me disse que ficará fora da disputa na CBF, diz Marin
   12 de agosto de 2013   │     0:01  │  0

 

 

O presidente da CBF, José Maria Marin, caminha por obras na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio

O presidente da CBF, José Maria Marin, confere o trabalho de modernização da Granja Comary, em Teresópolis, no Rio

 

Depois de uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, disse ter ficado convencido de que o político petista não vai fazer campanha por algum candidato na sucessão da entidade máxima do futebol brasileiro.

“Ele [Lula] me garantiu que não irá participar da disputa. De qualquer disputa -destacou bem. Não irá de forma nenhuma participar de qualquer disputa na CBF”, declarou Marin.

Lula torce pelo Corinthians e é amigo de Andres Sanchez, ex-presidente do clube, desafeto de Marin e possível candidato de oposição a presidir a CBF. “Ele [Lula] poderá ter simpatia, o que é legítimo. Poderá até dar o seu apoio pessoal. Mas não irá fazer campanha por nenhum candidato. Isso eu tenho certeza absoluta”, disse o cartola do futebol brasileiro.

Pela primeira vez, Marin, 81 anos, detalhou o cronograma para sucessão no comando da CBF. Seu mandato vai até abril de 2015. Como o estatuto permite que a eleição se dê até um ano antes da posse do novo presidente, ele disse pretender realizar a disputa em abril ou maio de 2014.

“Não medirei esforços, de uma maneira franca e leal, mas respeitosa, para eleger o meu sucessor”, declarou. Essa pessoa deve ser Marco Polo Del Nero, atual vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol. Marin o elogia, mas evita nomeá-lo já de maneira explícita como sucessor.

Quando será o anúncio público de seu candidato? “Devo falar o nome, possivelmente, por ocasião da inauguração da nova Granja Comary ou da inauguração do novo prédio da futura sede da CBF, o que deverá ocorrer em dezembro ou janeiro”.

Nacionalista convicto, Marin reclamou há algum tempo ao treinador da seleção, Luiz Felipe Scolari, da displicência de jogadores durante a execução do Hino Nacional. Como providência, ao serem convocados, os atletas agora recebem um papel com a letra do hino.