Após Bolívia dar aval para libertar corintianos, tio de Kevin reclama de uso político de doação
   26 de julho de 2013   │     0:02  │  0

Altar em homenagem a Kevin Beltrán montado em sua casa

Altar em homenagem a Kevin Beltrán montado em sua casa

A Promotoria de Oruro, na Bolívia, emitiu parecer positivo para a libertação dos corintianos suspeitos da morte do jovem Kevin Espada, atingido por um sinalizador no jogo entre entre San José e Corinthians, no dia 20 de fevereiro.

Após o jogo, 12 torcedores da equipe paulista foram detidos. Sete deles foram libertados em 6 de junho.

A Justiça recebeu o pedido de libertação dos outros cinco torcedores e determinou prazo de até cinco dias para apresentação de recursos. Se não houver pedidos, os torcedores serão soltos.

Os promotores bolivianos emitiram o parecer favorável à libertação com base na justiça restaurativa, que prevê acordo entre as partes após o atendimento das necessidades de vítima e parentes

A família de Kevin protestou contra a possibilidade de os torcedores serem soltos.

A doação de US$ 50 mil (R$ 112,5) feita pelo Corinthians no início do mês foi primordial para que autoridades entendessem que houve reparo à família, e foi usada pela defesa para pedir a libertação.

O tio de Kevin, e advogado da família, Jorge Ustarez, criticou a possibilidade de soltura.”A maneira como o processo foi conduzido envergonha não a nós [bolivianos], mas os brasileiros”, reclama. “A libertação dos corintianos não foi baseada em critérios jurídicos, mas em pressões econômicas e políticas.”