Aristeu Tavares diz que procedimento da arbitragem foi “corretíssimo”
   31 de outubro de 2012   │     0:07  │  0

 

Aristeu Tavares, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, confirma ação correta de Chicão na derrota do Palmeiras para o Inter-RS

 

Na Comissão de Arbitragem da CBF, não há motivo para tanta polêmica quanto à anulação do gol do Palmeiras, então marcado por Barcos na partida contra o Internacional, no último sábado, em duelo no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, vencida pelo time colorado por 2 a 1. O árbitro Francisco Carlos Nascimento, que havia validado o gol, conversou com o quarto árbitro Jean Pierre e voltou atrás, marcando falta de Barcos. Aristeu Tavares, comandante da arbitragem nacional, diz que tudo foi feito da forma mais correta.

“Corretíssimo (o comportamento da equipe de arbitragem). No sexteto, qualquer um dos árbitros tem o dever funcional de informar ao árbitro central do jogo qualquer irregularidade, seja no campo técnico ou disciplinar. Quando iniciei (como árbitro), o quarto árbitro só cuidava da questão administrativa do jogo, isso evoluiu primeiro para uma questão disciplinar, e agora até na questão técnica”, explicou Tavares, que ainda usou o exemplo da expulsão do francês Zidane na Copa do Mundo de 2006.

“Já houve situações inclusive como a do Zidane, expulso na final da Copa do Mundo, e que quem viu foi o quarto árbitro, que avisou ao assistente e informou ao árbitro central”, ressaltou Aristeu Tavares, que ainda cutucou o Palmeiras pela reclamação, após o clube paulista afirmar que pedirá a anulação da partida, o que será pouco provável de acontecer.

“O Palmeiras quer, talvez através de seu desespero, buscar a mudança do foco. Entendo que deva focar nos aspectos técnicos de treinamento, na construção de mais eficiência, tentando com meios lícitos sair da situação na qual se colocou desde o início do campeonato. É bom lembrar que o torneio tem 38 rodadas, já se passaram 33, e nós temos então determinados clubes disputando o título e a permanência na zona da Libertadores, e tem outros que ao revés disso estão nessa situação. E querer imputar isso a uma situação isolada não é uma atitude de bom senso”.

“Com certeza (o equipamento de comunicação ajudou). O Jean (Pierre) informou e agiu de maneira correta. A demora para o reinício foi porque não se identificou qual atleta do Palmeiras colocou a mão na bola, por conta do bolo ali, o que atrapalhou a busca. Ficou claro que foi um jogador do Palmeiras, mas para que não houvesse injustiça, resolveu-se não aplicar o cartão amarelo”, disse Aristeu, afirmando que os erros graves têm ficado para trás.

“Não tivemos erros graves nas últimas três rodadas. Esse caso do Palmeiras poderia ser (polêmico), mas tudo foi feito da forma mais correta graças ao quarto árbitro”, encerrou.

Blog com Justiça Desportiva