O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou no dia de ontem que suspenderia o futebol por dois ou três anos, depois que um novo escândalo de partidas com resultados manipulados, o ”Calcioscommesse”, sacudiu o país na segunda-feira com 19 detidos.
“Uma suspensão total do esporte durante dois ou três anos não beneficiaria a maturidade de nossos cidadãos?”, questionou Monti após uma reunião com Donald Tusk, o primeiro-ministro polonês.
“Não estou fazendo uma proposta governamental, mas, sendo um grande fã do futebol há muito tempo, é o que sinto em meu coração”, completou.
O ”Calcioscommesse” (apostas no futebol) é um escândalo que provoca suspeitas sobre vários jogadores, que teriam sido corrompidos por apostadores ilegais. Dezenove envolvidos foram detidos, entre eles o capitão da Lazio, Stefano Mauri.
Todos estão sendo investigados por “associação criminosa com intenção de engano e fraude esportiva”.
A polícia também interrogou o lateral Domenico Criscito, que estava concentrado com a seleção da Itália na preparação para a Eurocopa e que foi cortado do torneio.
“É muito triste quando um mundo como o do esporte, que deve expressar grandes valores, se vê perturbado por condutas censuráveis como a traição, o engano e a ilegalidade”, concluiu Monti.