Jogador que agrediu árbitro vira vendedor de souvenir e chora com suspensão de um ano
   28 de maio de 2012   │     0:01  │  0

Flagrantes da agressão maluca do volante amazonense Derlan

Derlan pagou caro por cometer um erro e agredir o árbitro durante uma partida do Campeonato Amazonense. Os 360 dias de suspensão arrancaram muitas lágrimas e promoveram uma mudança radical em sua vida. Enquanto espera o fim da punição, o jogador vai trabalhar como vendedor em uma loja de souvenirs em Castanhal, no Pará.

Aos poucos, o volante retoma sua vida após receber a decisão do decisão do TJD-AM com muito abalo, choro e tremedeira. Aos 23 anos, Derlan pensou em abandonar a carreira, mas desistiu da ideia após longa conversa com a mulher e a mãe Raimunda, que sofre de um câncer na cabeça.

Ele decidiu se apegar ao conselho da mãe de que ‘um ano passa voando’ e conciliar os treinos com a profissão de vendedor. O jogador voltou para sua terra natal e vai trabalhar na loja do tio que vende ‘de tudo’, como ele mesmo define. De bola e brinquedos a louças e presentes.

“Não sei se vou ser um bom vendedor, nunca fiz isso, né? Não vai dar para tirar o mesmo dinheiro do futebol, mas dá pelo menos para eu continuar pagando minhas contas de supermercado, farmácia”, disse ele que ganhava cerca de R$ 2 mil mensais como atleta do Iranduba.

Derlan passou por momentos difíceis após uma grande polêmica com o árbitro João Batista Cunha Brito no jogo entre Iranduba e São Raimundo, pelo Campeonato Amazonense. Após ser expulso, ele partiu para cima do juiz e desferiu uma série de socos. Precisou ser contido pelos policiais. A justificativa apresentada é que o árbitro prejudicou seu time e ofendeu sua mãe que sofre com um tumor na cabeça.

Na 1ª Comissão Disciplinar do TJD-AM, o jogador havia sido suspenso somente até o fim do campeonato estadual, mas a procuradoria do TJD recorreu e pediu que fosse julgado no Pleno. No novo julgamento, ele pegou a pena de 360 dias por unanimidade.