Para acabar com polêmica, CBV lança bola com chip
   15 de maio de 2009   │     0:03  │  0

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A ideia não é nova e nem o projeto começou ontem. Porém, a bola de vôlei com chip, desenvolvida desde 2005 pela Penalty e pela 3RCorp com o apoio da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), finalmente foi apresentada ontem e deve tornar-se realidade ainda em 2009.

A intenção é acabar com lances polêmicos na modalidade. Através de um sistema que envolve oito antenas, seis câmeras e um palm (que serve para o juiz receber informações), a bola com chip pretende fazer com que a dúvida de se uma bola foi para fora ou não vire coisa do passado.

“Ninguém quer investir no esporte para perder por conta de erro do juiz. Isso envolve profissionais, dinheiro e quanto menos erros ocorrerem, melhor para nós”, afirmou o presidente da CBV, Ary Graça.

Ainda em 2005 foi realizada uma apresentação da bola, cuja estreia era prevista para menos de um ano. Porém, problemas com o carregamento da bateria do chip e com a precisão (33% dos lances apresentavam até 9 cm de erro) fizeram o projeto atrasar.

Agora, assegura a Penalty, tudo está pronto e sem chance de erro – a defasagem máxima de onde a bola cair para o dado que o chip enviar é de apenas 2,5cm. De qualquer forma, entretanto, câmeras posicionadas na linha servirão para que os árbitros tirem possíveis dúvidas – a partir daí, ele decidirá o que fazer.O juiz decide se vai acatar o que a bola mostra, mas se tomar uma decisão muito absurda vai se ver com a CBV depois”, brincou Ary. O emprego dos juizes de linha também está assegurado por enquanto, visto que eles seguirão necessários para saber se alguém tocou ou não antes de uma bola ir para fora ou se o jogador infringiu alguma regra na hora de sacar.

O problema da bateria, que dura seis horas, foi solucionado com a introdução de uma espécie de caneta no mesmo orifício em que a bola é enchida. No total, o projeto custou cerca de US$ 2 milhões, tudo bancado pela Penalty.

“É diferente do sistema que atualmente é usado no tênis: o jogo, por exemplo, não precisará ser parado, pois os dados estarão na hora disponíveis para o juiz. Além disso, será mostrada a própria imagem e não um desenho”, comentou Roberto Estefano, presidente da Penalty.

Porém, apesar de tanta tecnologia, ainda não se sabe quando, efetivamente, a nova bola estará em quadra. “Será uma decisão da Penalty, pois há um problema de custo”, admitiu Ary Graça – a instalação de câmeras e antenas custa aproximadamente R$ 100 mil. A partir daí, há o gasto do monitoramento por jogo, algo em torno dos R$ 30 mil. São precisos cinco dias de antecedência para que tudo esteja pronto e testado.

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