Paradinhas geram polêmica com árbitros, goleiros e atacantes
   13 de abril de 2009   │     0:06  │  0

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A famosa “paradinha” continua gerando polêmica

Historicamente, o primeiro a cobrar um pênalti com paradinha teria sido o lateral-esquerdo Dalmo, célebre titular do Santos campeão de tudo nos anos 60. Na final do Mundial Interclubes em 1963, contra o Milan, a arbitragem ordenou que fosse repetida uma cobrança em razão disso. E Pepe, um dos craques daquele esquadrão, costuma dizer que foi o próprio Dalmo quem ensinou a artimanha a Pelé.

O árbitro Símon diz que a maioria dos jogadores, salvo uma ou outra exceção, já sabe a respeito do funcionamento da regra, o que leva a crer que as reclamações acontecem em razão do calor da partida. “É permitido que você engane o goleiro e no meu entendimento é válido. Se você julgar como uma conduta anti-desportiva, você tem que punir dessa forma, mas normalmente não”, explica Símon, citando as paradinhas mais acintosas.

Leandro Pedro Vuaden, árbitro do jogo CSA 0 x 0 Santos, um dos três melhores do último Brasileiro, observa que é no Brasil que surgem mais polêmicas e que há um critério simples a se utilizar para diferenciar o que é normal ou não. “É importante salientar uma ou outra técnica adotada e a linha da bola é um referencial importante. Ou seja, quando ele passa o pé exatamente sobre a bola, aí se caracteriza isso. Agora, até a linha da bola, está normal e liberado”.

A discussão voltou para a pauta desde que Maicosuel, no enfrentamento com Fernando Henrique no último Botafogo x Fluminense, deu uma “paradona”. O goleiro do clube tricolor reclamou bastante do excesso do botafoguense, expondo uma situação em que se via vítima de uma certa covardia, postura comum aos arqueiros que são surpreendidos por paradinhas.

Na opinião de Tiago, camisa 1 do Vasco e que também cobra faltas e pênaltis, a paradinha, moderada, deveria ser considerada válida. A questão está realmente quando as coisas passam do limite: “Em demasia, não acho certo. E já fiz isso muitas vezes cobrando pênalti, é normal. Vai do bom senso, mas quando se extrapola, vira um deboche contra os goleiros”, opina, descartando que a regra seja revista.

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