Promotoria diz ter provado culpa de Hélio Castro Neves; defesa nega
   11 de abril de 2009   │     0:10  │  0

7866556heliocastroneves.jpg

Situação de Hélio Castro Neves continua complicada

Na reta final do julgamento do piloto brasileiro Hélio Castro Neves, acusado de evasão fiscal nos Estados Unidos, a Promotoria afirmou na última quinta-feira, em sua deliberação final, que conseguiu provar “sem dúvida alguma” que o piloto é culpado das acusações. Além de Castro Neves, sua irmã Katiucia e seu advogado, Alan Miller, são réus no caso.

Morador de Miami desde 1997, Castro Neves, que possui residência americana, é acusado de fraudar o governo dos EUA em US$ 5,5 milhões (aproximadamente R$ 10 milhões) em impostos, além de outros seis crimes de evasão fiscal entre os anos de 1999 e 2004.

De acordo com o IRS (Internal Revenue Service, o equivalente à Receita Federal no Brasil), o bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis deve mais de US$ 2,3 milhões em impostos referentes a este período de seis anos.

“Desde 1999, os acusados estabeleceram a fraude como padrão de trabalho”, afirmou o promotor Jared Dwyer. “Os acusados tentaram fraudar impostos que todos precisam pagar, não importa sua riqueza ou fama. Provamos isso, sem dúvida alguma”, argumentou.

Durante o julgamento, a Promotoria mostrou documentos que apontavam que Castro Neves controlava a empresa panamenha Seven Promotions, peça chave na investigação da Justiça americana. O pai do piloto, por sua vez, alegou ser o dono da companhia.

Dwyer ainda afirmou que Castro Neves mentiu quando informou sua renda. “A regra básica é: você não pode ignorar os seus rendimentos”, disse o promotor.

Ainda de acordo com a promotoria, Castro Neves não declarou roupas cedidas pela Hugo Boss e passagens aéreas que recebeu.

Defesa

O advogado de defesa do brasileiro, David Garvin, declarou que existe uma explicação legal para as atividades financeiras do piloto. “Existe ignorância e erros às vezes, mas não um crime”, disse Garvin.

A defesa afirmou que o brasileiro pagará os impostos em maio. “O propósito era adiar o pagamento das taxas, e isso não é incorreto”, alegou Garvin.  

Tags:,