Kaká é a grande esperança brasileira contra o Peru
Dunga pediu aos jogadores da seleção brasileira que acuem os adversários, não tenham medo de tentar o drible ou as jogadas individuais, mesmo que errem e irritem a torcida. O treinador sabe que vai enfrentar uma retranca pesada pela frente e, mais ainda, que o time precisa de uma vitória convincente contra o Peru, com muitos gols, a partir das 22h10 desta quarta, no Beira-Rio, em Porto Alegre.
Gols, por sinal, que não surgiram em jogos em casa pelas Eliminatórias Sul-Americanas em 2008. Foram três partidas e três empates por 0 a 0, contra Argentina (em junho, no Mineirão), Bolívia (em setembro, no Engenhão) e Colômbia (em outubro, no Maracanã).
Um novo 0 a 0 derrubaria o mundo na cabeça de Dunga. Até porque o adversário vem de derrota por 3 a 1 para o Chile, em Lima, ocupa a lanterna e está em crise. “Precisamos nos movimentar, atuar em velocidade, tentar o drible e buscar a individualidade”, comentou o treinador, confiante em ter o apoio do torcedor – Dunga é querido na cidade e, ao contrário de outras ocasiões, deve ser até aplaudido, como foi no treino de terça.
A última vitória em casa na disputa por vaga na Copa da África foi em 21 de novembro de 2007, contra o Uruguai, no Morumbi: 2 a 1, dois gols de Luís Fabiano. A necessidade de um triunfo, hoje, é grande, já que o Brasil caiu para o quarto lugar na classificação, com 18 pontos.
Brasil | |
Júlio Cesar; Daniel Alves, Lúcio, Luisão e Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ronaldinho Gaúcho (Elano) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano | |
Técnico: Dunga | |
Butrón; Prado, Zambrano, Rodríguez e Vílchez; Solano, Rainer Torres, Miguel Torres e Luis Ramírez; Chávez e Fano | |
Técnico: José del Solar | |
Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG) Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS) Horário: 22h10 |
E os três confrontos seguintes serão os mais difíceis até o fim da caminhada rumo ao Mundial: Uruguai, fora, Paraguai, em casa, e Argentina, fora. “O Brasil sempre tem a obrigação de vencer em casa e, se possível, dar espetáculo”, afirmou Kaká.
O craque é a aposta de Dunga para aumentar a velocidade e a criatividade, dois itens que não existiram domingo, em Quito, contra o Equador (1 a 1). O técnico evita dar pistas de quem jogará a seu lado, Ronaldinho Gaúcho ou Elano, mas deve dar mais uma chance ao meia-atacante do Milan, já que estará em sua terra natal e terá pela frente um oponente fraco. No entanto, se levar em conta o esquema tático usado nos últimos meses, Ronaldinho é banco.
Desde que Dunga assumiu o comando, Ronaldinho e Kaká atuaram lado a lado 14 vezes. O retrospecto é excelente: 10 vitórias e 4 empates. Nas outras posições, a única mudança em relação ao time que começou contra o Equador é Daniel Alves no lugar de Maicon, machucado.