O Grêmio, quatro dias após ter perdido o primeiro turno do Campeonato Gaúcho para o Internacional, voltou a jogar mal e ficou apenas no empate com o Ypiranga em 1 a 1, na noite de quinta, em casa, o que gerou enorme revolta dos torcedores, que levaram faixas de protesto ao Olímpico e pediram a saída de Celso Roth. Mas a diretoria do clube, ao menos nas declarações feitas pelos seus principais dirigentes depois da partida, mantêm o treinador.
“Não vamos fazer nada precipitado, ainda mais às vésperas de um jogo importante da Libertadores”, afirmou o presidente do clube, Duda Kroeff, referindo-se à partida da próxima quarta-feira, contra o Boyacá Chico, na Colômbia, e deixando claro que pelo menos até lá nada muda. Kroeff, alheio às pressões dos mais de 15 mil torcedores que foram ao Olímpico e chamaram Roth de “burro”, de “retranqueiro”, e solicitaram que pedisse demissão, rasga elogios para o técnico.
“O Celso Roth trabalha sério, duro, além de muito competente”, afirmou o presidente. A posição é a mesma do vice de futebol do clube, André Krieger, para quem os protestos até são compreensíveis, mas não farão o Grêmio demitir Roth. “O torcedor reclama com razão, afinal foram dois resultados ruins mas não é o melhor fazer a troca neste momento”.
Diante dos insistentes questionamentos dos repórteres sobre a possível troca de técnico e até mesmo de comentários sobre a falta de opções no mercado para efetuar a alteração de treinador, Krieger concluiu: “Até isso seria um fator complicador, embora não estejamos pensando na mudança”.
