Crise não freia investimentos de multimilionários do Oriente Médio
   24 de janeiro de 2009   │     0:12  │  0

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Abel Braga confirma que dinheiro não é problema nos Emirados Árabes

SÃO PAULO – Em setembro de 2008, a crise econômica atingiu o mundo de uma maneira que nem mesmo o futebol escapou. Os clubes passaram a ter mais ‘cautela’ nas negociações por atletas. No entanto, em meio à instabilidade, existem exceções que continuam a investir, e muito, em seus projetos para o esporte. E os milionários que mais chamam atenção são os dos Emirados Árabes, baseados nas fortunas construídas com a ajuda do petróleo e ainda alheios ao clima de incerteza.

A recessão fez com que as negociações dentro do futebol se tornassem menos intensas na atual janela de transferência europeia. Com isso, até o momento, os clubes brasileiros conseguiram manter grande parte de seus melhores jogadores para a temporada. Os europeus, por sua vez, que geralmente não medem esforços para reforçar seus elencos no meio da temporada, têm mostrado muito mais paciência para negociar e contratar.

O Manchester City, entretanto, através do xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, se destaca entre o excesso de receio do mercado da bola. Nesta semana, o milionário, que comanda o Abu Dhabi United Group (ADUG), teve uma proposta astronômica por Kaká rechaçada pelo pentacampeão mundial. Um assessor do grupo assegurou que a proposta estava na casa dos 50 milhões de libras (R$ 169 milhões). Mas especulações na Europa falavam em uma proposta perto dos 100 milhões de libras (R$ 338 milhões).

De acordo com Abel Braga, que comanda o Al-Jazira, cujo dono também é o xeque Mansour, os valores são altos, mas a imagem de que o futebol dos Emirados Árabes envolve muito dinheiro é dimensionada. “Apenas quatro clubes investem de uma maneira mais forte no futebol daqui, até porque este é o primeiro ano de uma competição mais organizada, profissional. Estes times não deixaram de contratar por causa da crise. Eles já investiram o que deveriam para a temporada e agora realizam apenas as movimentações locais”, completa o treinador brasileiro.

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