Madureira de Júnior Amorim luta para ser a quinta força do Rio
   23 de janeiro de 2009   │     0:18  │  0

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RIO DE JANEIRO – O bairro do subúrbio carioca apelidado de capital do samba ganha força agora também no futebol. No passado, o Madureira marcou época revelando jogadores como Didi, Evaristo, Nelsinho e Jair da Rosa Pinto. Mais recentemente, Marcelinho Carioca, Souza e Léo Lima. De celeiro de craque, o tricolor suburbano tem mudado seu enredo no futebol carioca.

Com a passagem do Bangu pela segunda divisão e o enfraquecimento do América, rebaixado em 2008, o tricolor suburbano ocupou um espaço respeitado entre os clubes de menor investimento. A ponto de se tornar a quinta força do Rio. Palavra de presidente.

– Ao longo dos últimos anos, o Madureira é o que mais se destaca. Não é o que eu acho. São os fatos. Fomos campeões da Taça Rio em 2006 e vice estadual no mesmo ano. Em 2007 fomos vice da Taça Guanabara. No Rio, nenhum outro clube pequeno cresce mais do que a gente – dispara o presidente Elias Duba, de 59 anos, há 17 à frente do clube.

Na última década, contratou jogadores experientes, sempre mesclando-os aos meninos da base. Assim, beneficiado com os quatro anos em que o Bangu passou na Série B (de 2005 a 2008) e a queda do América (o maior detentor de títulos entre os clubes de menor investimento), o Madureira foi furando a fila. E para manter a atual hegemonia, Duba recorreu a Alfredo Sampaio, o comandante das campanhas de 2006 e 2007.

Com uma folha salarial duas vezes maior do que a média dos outros pequenos (R$ 250 mil), o presidente do tricolor suburbano exige, como há três anos, pelo menos a volta olímpica em dos turnos do Carioca.

Alfredo é menos empolgado. Perguntado se vê o Madureira como uma das principais forças entre os pequenos, não foge à resposta. Crê, sim, em nova campanha histórica. Mas sabe que é sobre seus ombros que recairá o peso de um fracasso. Dessa forma, o treinador prefere responder dentro de campo. Para isso, pediu a contratação de jogadores experientes como o lateral-direito Claudemir, ex-Vasco, o zagueiro Paulão, ex-Grêmio e Vasco, o volante Abedi, ex-Vasco e Botafogo, o apoiador Adriano Felício, ex-Botafogo, e os atacantes Júnior Amorim e Alex Alves, ex-Botafogo. Tem ainda o meia Thiago Coimbra, filho de Zico.  

O treinador mantém os pés no chão até porque em 2006 e 2007 havia uma base já montada, e desta vez desde 1º de dezembro chegaram 14 atletas. Vai ser preciso a bola rolar até o time encaixar.

Aos 33 anos, o atacante Alex Alves é uma das armas do treinador. Ídolo do Botafogo entre 2004 e 2005, o jogador espera usar o Madureira como trampolim para conseguir uma transferência para um clube de ponta no segundo semestre.

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