Ministro do Esporte admite fracasso da Timemania
   23 de dezembro de 2008   │     17:43  │  0

O ministro do Esporte, Orlando Silva, reconheceu em Brasília que a arrecadação da Timemania (loteria criada para que os clubes de futebol equacionassem suas dívidas com o governo federal) ficou aquém do previsto. Segundo o ministro, a Caixa Econômica Federal tinha feito uma previsão de receitas de R$ 520 milhões para o primeiro ano de funcionamento da nova loteria. Mas a arrecadação de 2008 representou um faturamento de apenas R$ 130 milhões, 25% da projeção original.

Silva avalia que foram cometidos alguns erros na execução da Timemania. O primeiro foi o alto custo de cada bilhete. “A aposta custava R$ 2, enquanto as outras modalidades de loteria tinham preço de R$ 1. Isso aconteceu porque, durante o lançamento da Timemania, havia a expectativa de majoramento do valor de todas as outras apostas para R$ 2. Mas com o temor da inflação, houve medo de que esse aumento pudesse pressionar tarifas públicas e o preço congelou. Resultado: ela ficou muito mais cara do que as outras loterias durante sete meses”, lamenta.

O ministro, acha, entretanto, que a Timemania teve o mérito de tirar os clubes de futebol da situação de inadimplência. “Recebemos pagamentos que considerávamos perdidos”, diz. E agora discute com clubes e governo fórmulas para aprimorá-la para 2009, quase num processo de recriação, no que está sendo chamado de Timemania 2.

No formato original, todos os clubes participantes tiveram suas dívidas com o governo parceladas. Como as parcelas eram muito elevadas, foi criada uma regra de transição para o primeiro ano, com essa dívida mensal sendo de, no máximo, R$ 50 mil. A expectativa é que a receita da Timemania criasse caixa para que os clubes pudessem pagar em 2009 as parcelas mais altas. Como isso não ocorreu, os clubes pleiteiam a prorrogação desse prazo de transição, que termina no início do ano e jogarão o valor das parcelas mensais para a casa das centenas de milhares de reais.

“Como a Timemania não cumpriu o objetivo de receita nova no patamar esperado e não chegou ao resultado que sonhávamos, a prorrogação desse prazo é uma hipótese. Porque alguns clubes vão ter muitas dificuldades para pagar as parcelas daqui para a frente”, explica, preocupado com a volta do estado de inadimplência dos clubes.

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