– A bonita história do treinador Maurício Simões, um vencedor regional, não pode ser julgada pela sua rápida passagem comandando o CRB. Maurício é muito mais do que pode mostrar aqui em Alagoas, e foi vítima de uma estrutura falha e de um momento delicado que o Regatas está passando neste Campeonato Brasileiro de 2008.
– O futebol é assim mesmo. Mágico e surpreendente. Um exemplo que ilustra o quadro atual, aconteceu no Botafogo . Geninho, outro competente técnico, campeão brasileiro, não conseguiu arrumar o alvi-negro carioca, mais ou menos no mesmo tempo de trabalho desenvolvido por Simões no CRB. É porque não e competente? Claro que não.
– Maurício Simões pagou caro pela falta de estrutura que encontrou. Mesmo com o apoio real de Kennedy Calheiros e Gustavo Feijó, não deu para engrenar o time. A pressão é grande e atrapalha de verdade. Sua saída é perfeitamente entendida. Quando entregou o cargo, após a derrota para o Bahia, preservou não somente o seu nome, mas o próprio grupo de jogadores que precisa de uma motivação para mudar o quadro atual.
– É bom não esquecer que o CRB é o primo pobre dessa competição. Está disputando um dos mais equilibrados campeonatos dos últimos tempos. Terá condições de sair da situação atual? Acho que sim, mesmo entendendo que não é fácil. E, depois de tudo, não temos que achar nada. Temos é que apoiar, na tentativa de preservar o maior produto do atual futebol alagoano, que é, sem dúvida, o Clube de Regatas Brasil.
Escrito por Arivaldo Maia