Corinthians não é o “Jumbo” anunciado nem o CRB é o “Teco-Teco” propalado
   10 de maio de 2008   │     22:57  │  0

– Não faltou menosprezo ao CRB durante os últimos dias, nos jornais, emissoras de rádio e sites paulistas. Parecia até que o Corinthians jogaria com um time de várzea e não com um clube da tradição do Regatas, cuja história é pontilhada de grandes conquistas no futebol de Alagoas, sem esquecer que é um dos poucos mantidos na Segunda Divisão, desde a sua implantação.

– No campo, os corintianos não mostraram a superioridade esperada, apesar de vencerem por 3 a 2, sendo beneficiados pelos erros do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, do Rio de Janeiro, que não mostrou cartão em muitos lances violentos de vários jogadores paulistas. O mais absurdo foi o carrinho desleal do lateral Carlos Alberto em Júnior Amorim. Gutenberg não tomou conhecimento das novas recomendações da Fifa que mandam punir com cartão vermelho qualquer carrinho, não importando sua direção.

– Quando se tratava das faltas cometidas pelos jogadores alvi-rubros o comportamento do juiz mudava completamente. Qualquer entrada mais dura era punida com o cartão amerelo. O CRB recebeu cinco cartões e o Corinthians, só no final do jogo, recebeu seu único cartão. Não será correto duvidar da honestidade de Gutemberg de Paula. É um homem de bem, limpo, mas, na hora de decidir, pesou mais o lado corintiano, sem nenhuma dúvida.

– O jogo começou com Márcio silenciado o Pacaembu, depois de uma falta cobrada por Marcinho. O gol mostrou que não havia nenhum time de várzea em campo. Pena que o empate chegou imediatamente com Herrera e a virada não demorou com o gol de Chicão, numa falha de marcação da zaga do Galo. No segundo tempo o representante alagoano voltou melhor, tentou o empate, forçou bastante, mas acabou levando o terceiro gol, o segundo de Herrera. 3 x 1 parecia o placar final quando Hélder fez o segundo gol alagoano. O torcedor deixou o campo impressionado com o futebol de Júnior Amorim e com a qualidade surpreendente do time do CRB.

Escrito por Arivaldo Maia
Direto de São Paulo